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quinta-feira, 16 de maio de 2013

A Saúde Progressense na UTI




A saúde pública no Brasil nunca foi exemplo para o mundo. Aliás, em poucos países encontramos saúde pública, no mínimo, decente. Na extrema maioria dos casos, os baixos investimentos na área, a corrupção e o descaso das autoridades e/ou seus agentes são os responsáveis maiores pelo desprezo a que governos relegam a saúde pública. Alguém já disse e muitos já repetiram que, no dia em que a saúde, o transporte e a educação públicas forem realmente boas, falirão os hospitais e escolas particulares, os planos de saúde, e a indústria automobilística entrará em crise. Pode não ser bem assim, mas, às vezes, desconfia-se que algo pode estar por detrás de tanto desprezo dedicado pelo Poder Público aos serviços básicos à população. 

Desde os velhos tempos, a saúde pública de nosso município está na UTI,  não querendo ridicularizar, mas   a crise do sistema de Saúde Pública de Novo Progresso, vem de mal a pior, o que já não era bom ficou péssimo, e  cujas irregularidades e verdadeiros escândalos vêm sendo denunciados sistemática e exclusivamente pelo Jornal Folha do Progresso , Jornal Folha do Progresso desde sua criação a mais de 13 anos, com isto somos conhecedores do assunto e por ele podemos falar. 

Passa ano e vira ano, a saúde faz parte somente de  palanque politico e não passa disto, já é o segundo vice-prefeito que se elege com o diploma de médico, mas a saúde continua na UTI com nota zero em nosso município. 

Vai desde a péssima  situação de nossas ambulâncias, os PSFs , até o centro cirúrgico do HMNP, nada disto funciona, somente para dizer que existe, a visita do Ministério Público ao Hospital no mês anterior, mostrou a verdadeira situação que se encontra  a saúde em Novo Progresso. 

O problema que os políticos, em especial os ordenadores de despesas com mandato efetivo, ignoram o Ministério Público, passam por cima e com defesa feita no papel protelam toda uma reinvindicação (decisão)  e a população quando imagina melhorias com a interferência do defensor, logo enfrenta outra realidade - ai que a coisa fica mais feia!! 

O Prefeito como de costume usa da mídia para falar inverdades à população, após interferência do MP, Romanholli (PR) foi até o microfone da rádio comunitária e anunciou melhorias, como; reforma do Hospital, contratações de novos médicos, compras de medicamentos etc... mas tudo não passou de discurso, nada aconteceu. 

Não se trata mais das filas nos Postos de Saúde, que obrigam os Progressenses mais ou menos pobres a sofrerem com seus filhos e netos durante as madrugadas nas portas daqueles postos, na esperança de conseguiram uma "ficha" para manterem um fio de esperança de serem atendidos. Não, a realidade que vivemos não vem de herança, mas sim fatos novos criados pela atual gestão, é um verdadeiro descaso com o contribuinte de desrespeito com a coisa pública, de escárnio com o povo, vai muito mais além do que um escândalo que exige explicações e providências imediatas das autoridades administrativas, mas investigação profunda da Câmara Municipal, como órgão fiscalizador, e do próprio Ministério Público, como órgão Curador. 

É difícil, muito difícil, impossível mesmo, que qualquer cidadão de inteligência mediana para cima, possa compreender e aceitar que, além da constante ausência de medicamentos básicos no nosso sistema de saúde, médicos se recusam a fazer exames tipo ultrassom, fato presenciado pela nossa reportagem no Hospital Municipal e nos bastidores veio a resposta, não estaria o medico contratado para operar tal equipamento com isto se sujeita a fazer. 

Imagine uma única receita com três (02) pedidos de exame de ultrassons, datado do dia (16/04/2013) (Pedido de urgência pela médica Ana Paula P. Jahan – CRM- 8115 PA)  orçado em R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais), da onde um cidadão que procura atendimento público terá condições de arcar com está despesa? Morre sem saber qual a doença! (Até o fechamento dessa edição não conseguiu pagar o exame particular e nem o Hospital Municipal fez o exame, porque tem 04 médicos que operam o Aparelho, mais não chegaram a um acordo financeiro com a Prefeitura para fazer os exames e quem padece é a população. (Abaixo cópia receita) 

Analisando os repasses milionários que o município recebe para Saúde, verifique-se, já na administração atual, chefiada por um madeireiro e um médico, a falta de simples materiais como:  gazes, luvas, oxigênio, diclofenaco  e o pior, foi constato pelo vereador Chico Souza (PMDB), que alimentação no Hospital é a pio possível,  até pelanca animal estão sendo obrigados a comer, disse o vereador com indignação sobre a situação. 

Em pouco mais de 100 dias de governo , já publicamos três revoltas dentro de unidades do PSF. É não apenas triste, mas revoltante, ver dependências de postos de saúde sem qualquer higiene, e sem atendimento médico suficiente e medicamentos básicos. 

E não estamos tratando aqui de um órgão da administração municipal carente de verbas. Verbas não faltam. Servidores – desde o secretário de Saúde, passando por diretores, chefes de departamentos, profissionais da saúde em geral – também não faltam. 

Não, o título desse editorial está errado. A Saúde Pública Progressense não está na UTI. Está, como em boa parte do Brasil, na fila de um hospital público mal administrado e corrompido, aguardando uma senha para que, quem sabe, um dia, ser atendida e tratada com um mínimo de respeito.

Fonte/Fotos: Redação Folha do Progresso