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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Progressenses sofrem com falta de médicos, medicamentos e hospital sem estrutura

Progressenses sofrem com falta de médicos, medicamentos e hospital sem estrutura


Com uma população de aproximadamente 28 mil habitantes, o município de Novo Progresso , é mais uma das cidades brasileiras que sofrem com a falta de profissionais de saúde, principalmente médicos, e de estrutura para garantir a oferta de serviços nos moldes do que prevê o Sistema Único de Saúde (SUS). O estado do Pará seguido com o Maranhão, segundo dados do Ministério da Saúde, apresenta a mais baixa proporção de médicos por mil habitantes no país, correspondendo a um terço da média nacional. Enquanto a média nacional é 1,8 médico a cada mil habitantes, nestes estados  a proporção é 0,58.

No único hospital do município, a Unidade Mista de Saúde,  a estrutura  física é precária com portas de madeira corroídas, paredes descascadas e piso quebrado, o cenário é de abandono. Em um dos quartos, onde uma mulher de 79 anos estava em observação após uma crise de hipertensão, parede e teto apresentavam sinais de mofo. Com ventilação apenas por meio das janelas, a filha, que pediu para não ser identificada, tentava amenizar o calor abanando a lavradora com um papel. O incômodo era agravado pela ação de uma funcionária do hospital que higienizava o quarto jogando desinfetante no chão, mesmo com a presença das duas. “Ela passou mal e eu corri para cá com ela, mas a situação é muito ruim. Deram a medicação e agora estamos esperando, com esse calor todo. Mas não tem o que fazer, tem que esperar”, disse a jovem.

De acordo com funcionários do hospital,   os equipamentos da unidade também estão sucateados. O auxiliar de técnico de radiologia Marco Antonio que também é  presidente do Conselho municipal de saúde, na sessão realizada na Câmara Municipal no dia(13/08), indignado com a situação que trabalha, disse que no hospital as máquinas de lavar não funciona, tem que lavar na mão (lençol com sangue e com pedaços de placenta, podendo infeccionar pacientes), o aparelho de esterilização não funciona tem que esterilizar na clinica particular “Sinhá”, isto quando esteriliza ( está obsoleta e pode comprometer a total eliminação de micro-organismos),  segundo o técnico já houve casos de ficar mais de uma semana sem material para tirar raio x, não tem remédio na farmácia básica a situação está pior que antes, afirmou.

O hospital, que atende casos de urgência e emergência, o desfibrilador também não funciona e só tem um desfibrilador – equipamento usado em casos de parada cardiorrespiratória com objetivo de restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco – e segundo o funcionário, o aparelho de raio X vive sem material  e maior parte do tempo quebrado. Além disso, o centro cirúrgico e a sala de parto funcionam na precariedade.

“A infraestrutura aqui é precária, isso é notório. Uma vez comentei com um enfermeiro que a população reclamaria da falta do raio X e ele me respondeu que, infelizmente, as pessoas já estão acostumadas a não ter [equipamentos funcionando]“, disse o médico que não quis ser identificado.

O vereador Sebastião Bueno (PT), relatou ao demais vereadores na  sessão ordinária (13/08),   que aconteceu  um acidente envolvendo uma motocicleta na comunidade de Alvorada da Amazônia no último final de semana e trouxe uma acidentada para o hospital, chegou lá e a paciente  teve que esperar 2 horas deitada, até 1 hora da manhã do dia seguinte, porque o médico plantonista Dr. Fidêncio, teve que aguardar a boa vontade do  diretor do hospital Senhor Luciano Goffi chegar no hospital, para abrir a sala aonde se encontravam as ataduras.( estavam na sala dele). Disse o Edil.

Outra situação foi a demora em transferir uma criança recém-nascida, por ordem médica a espera de um transporte alternativo, o diretor do hospital por contensão de despesas  não autorizou e a mesma veio a falecer sem conseguir chegar ao recurso.

Vereadores reclamam também a falta de medicamentos da farmácia básica de saúde , que segundo eles a aquisição somente deu para atender os postos de saúdes e já acabou, enquanto isto o dinheiro público vai para o esgoto. Questionam também a falta de médicos,  informação ao que se referem à  sete médicos no hospital municipal , segundo os edis este numero é só no papel , e está muito longe da realidade, acusam.

O secretário de Saúde Sr. Paulo De Nadai Junior , reconhece que o setor é o “maior gargalo” da administração municipal. Segundo ele, os recursos que o município dispõe são insuficientes para reformar a unidade que é estadual, tendo sido repassada à prefeitura há cerca de 20 anos. “Nossa condição e de  fazermos apenas reformas pontuais, mas seria necessário investir aproximadamente R$ 1 milhão [para recuperar o hospital] e o município não tem verba para isso. Esse hospital é um elefante branco”, desabafou a secretária de Saúde de Novo Progresso.
A verdade que políticos se elegem condenando e pela desgraça dos outros , prometem as melhorias sabendo que não tem a mínima condições de cumpri-las, empregam pessoas sem a mínima experiência só pelo apadrinhamento político ,  no poder tentam de forma o outra jogar o problema para outras gestões e não conseguem sana-los.

É o caso da Saúde pública do município de Novo Progresso com o médico no poder , colocaram o presidente do partido como diretor do hospital por cunho politico , sem conhecimento na área, á várias reclamações de pacientes que aguardavam atendimento no HMNP, da falta de respeito e ignorância do diretor,  mostrando despreparo do Sr. Luciano Goffi e a saúde continua de mal a pior, sem perspectivas de melhoras.
Fonte/Foto: Redação Jornal Folha do Progresso

Marco Antônio

Tec. em Radiologia HMNP