Um dos maiores problemas que Novo Progresso vem enfrentando é o monstro do desemprego.
Sabemos que a criação majoritária de postos de trabalho numa economia de mercado é algo pertinente às decisões empresariais, podemos dizer que o poder público municipal tem capacidade limitada, no que tange à geração de emprego. Todavia, isso não exclui a possibilidade do referido poder desencadear ações que possam contribuir para amenizar o grave problema do desemprego e mesmo induzir os agentes econômicos privados a criarem postos de trabalho.
A realidade em nosso querido Município é bem mais preocupante que parece. Durante algumas visitas principalmente nos bairros mais distantes da cidade (áreas periféricas ), nos damos conta da real situação degradante em que vive Novo Progresso.
Vale a pena salientar aos progressenses, que este município possui uma economia solidificada que encontrou na pecuária a sua fortaleza. Com um rebanho aproximado em 1.277.000 (Hum milhão duzentos e setenta e sete mil) cabeças de gado na região atualmente - Novo Progresso dispara como um dos principais municípios criadores de gados do estado do Pará.
Infelizmente devido a morosidade da pavimentação da rodovia BR-163, ainda não foi instalado no município de Novo Progresso um frigorífico, que ajudaria na geração de emprego e renda para nosso povo.
Com todo este rebanho, ainda consumimos de outras regiões do país produtos oriundos da matéria prima do gado como a manteiga, o leite pasteurizado, o requeijão, presunto, o charque, etc...
No entanto, um município não se sustenta apenas através de uma cultura econômica. Precisamos encontrar outras formas de proporcionar a geração de renda para a população. Vejo a revitalização do setor primário, investir na tecnologia para criarmos bovinos, com incentivo agricultura de grãos para recuperarmos nossas terras degradas ao longo tempo, a intensificação do extrativismo vegetal (exploração de alguns produtos da floresta), a piscicultura (a criação de peixes em açudes) como algumas das alternativas econômicas viáveis, principalmente se destinadas ao homem do campo. Nosso município ainda não produz nenhum caminho que leve ao incentivo para trazer indústrias ha se instalar na cidade.
A indústria madeireira e o minério (garimpo), estão passando por momentos críticos pela pressão ambiental, ficam imprensados sem poderem fazer maiores investimentos.
Agora, não é hora de embates políticos e muito menos de acusações, mas, de convergirmos entorno de um pensamento que possa apresentar uma esperança para os milhares de desempregados, que se encontram na fronteira da prostituição, das drogas, alcoolismo, violência, assaltos.
O desemprego é um problema social, cuja solução está nas mãos de nossos dirigentes, em outras palavras, o poder público , deve arcar com o custo de políticas públicas que tenham por objetivo enfrentar o problema social em pauta ou qualquer outro em conjunto com a sociedade.
O medo que fica em saber que a rodovia tão sonhada (BR-163), está prestes a ser concluída e muito pouco mudou, a mão de obra reveza entre as empreiteiras, mas aos poucos vão saindo e fica o pai de família sem esperança de um novo emprego, porque novas obras não estão sequer sendo cogitadas.
A dormência da politica local e estadual para nossa região faz com que tenhamos que pensar muitas vezes, se fizeram uma rodovia pra vermos o progresso passar por ela, com destino a Cidade de Santarém!
A curto e médio prazo, nada de novo para nossa região esta cogitado, abandonada politicamente e hoje esta servindo de corredor para os produtores de outros estados transportarem seus produtos passando por nossa cidade.
Tudo poderá passar por aqui, mas passar não é a solução, precisamos que fique aqui, o futuro é agora, é preciso que nossos representantes na esfera municipal, estadual e federal, olhem com outros olhos para nossa cidade e região e não deixe o progresso ir embora.
Tenho a plena consciência das conotações que representam apenas uma gota d’água no oceano, mas pode despertar uma luz no fim do túnel para milhares de pessoas, que esperam desesperadamente por uma esperança de dias melhores sem terem que ir embora de nossa cidade e região.
Fonte:Redação Folha do Progresso
