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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Relatos do caos que se encontra a Saúde Pública em Novo Progresso

Foto- Ex-agente comunitária de Saúde Maria Daluz R. Boian



 

Por: Maria Daluz R. Boian- Ex-agente comunitária de Saúde.

Comunidade - Vicinal Celeste

Através do mesmo venho informá-los os motivos da desistência da não assinatura da ficha do agente comunitário de saúde.

Eu Maria Daluz. R. Boian, portadora do CPF: 643333882-87, na função de representante da família, localizada na vicinal celeste, declaro a total insatisfação com a saúde publica da nossa cidade. “A esperança desaparece quando não há ninguém que se alimenta a fé”.  A fé perde sua própria coragem e audácia quando o ser humano não deseja outra coisa a não ser a satisfação das necessidades imediata.

Ser cidadão é ter direitos. Ter direitos á vida, á saúde á igualdade perante ás leis, ter direitos políticos como participar nos destinos da sociedade, direitos sociais, que são aqueles que garantem a participação de todos, sem distinção de classe. Exercer a cidadania é usufruir de todos esses, direitos, como também cumprir com seus deveres. Isso se chama de ética e responsabilidade.

Chamamos atenção de nossos representantes no geral; diretor, secretário, prefeito vereadores aos funcionários como médicos enfermeiras agentes comunitários de saúde ou agente de combate as endemias, que trabalhem em coletividade em busca da melhoria da saúde pública, com o atendimento na diversidade e flexibilidade, atendendo conforme as necessidades da população localidade, comunidade ou bairro. Não adianta querer ter uma linha padrão para cada especialidade; o trabalho deveria ser feito conforme a necessidade de cada localidade.

A saúde teria que ser alicerçada nos princípios da flexibilidade e da autonomia, dando aos agentes o direito e o dever de acompanhar pessoas que tem dificuldade de acesso ao serviço público de saúde. Marcar consulta exames, medir pressão; é claro, que o profissional deve estar capacitado; mas que o agente tivesse esse poder. Ao chegar a uma casa encontrar pessoa com problema de saúde e está achando difícil ir até o posto ou hospital porque não tem nada marcado, o, agente fizesse um encaminhamento e fosse atendido seria ótimo.

Portanto o agente ou qualquer outra pessoa que marcar, vai dar na mesma. Não é atendido do mesmo jeito; estou falando isso porque no mês de fevereiro marquei uma consulta para ser atendida no início de março fiquei aguardando até 14h40min. Quando fomos comunicados que o médico não iria atender, mas era para todos irem até o hospital municipal; aí fiquei pensando, o que, vou fazer três horas da tarde no hospital que já está cheio?  Só para o médico receitar antibiótico, anti-inflamatório, analgésico e diagnosticar que a doença é virose.

Desisti e não procuro mais se Deus quiser; acabo de colocar um ponto final nessa história de procurar serviço público de saúde, é uma humilhação para ser humano que paga tantos impostos / taxas e outros para depois receber essa contribuição. As pessoas acham que é fácil você sair de casa de madrugada em busca de atendimento hospitalar, sem falar das estradas que não temos, e voltar sem ser atendido.

Portanto, deixo bem claro, que estou me referindo da falta de organização, preocupação e responsabilidade dos grandes representantes, pois o funcionário ‘não tem culpa’; eles não têm muitas vezes as mínimas condições de trabalho oferecido, sempre falta alguma coisa, não tem médico, falta medicamentos, não tem equipamentos, não tem profissional qualificado que possa manusear aparelhos de raios-x, ou o aparelho está quebrado; se precisar fazer curativo o paciente tem que comprar os medicamentos necessários.  O mais simples não tem, imagina outras coisas!  E, aí, será que todos os funcionários estão preparados? Acredito que não. O profissional que é capacitado ele conhece seus direitos e deveres e não fica calado de braços cruzados diante de trabalhos incompreendidos, ele luta para que seja reconhecidos seu valor, direitos e conhecimentos.                                                                                              Para termos serviços público de saúde com qualidade é preciso diálogo, compreensão, reflexão, responsabilidade, ética e amor.

É como diz o verbo do Vicente Lombardi, não tenho necessariamente que gostar de meus jogadores e sócios, mas como líder deve amá-los. O amor é lealdade, o amor é trabalho de equipe, o amor respeita a dignidade e a individualidade. Esta é à força de qualquer organização.Por Maria daluz R. Boian

Fonte/Foto: Redação Folha do Progresso