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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Novo Progresso tem o maior número de casos de hantavirose no Pará



Um alerta foi divulgado pela Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública), sobre os sinais e sintomas de hantavirose, uma doença grave e letal, transmitida por ratos silvestres. A orientação, divulgada na noite do dia 14 é especialmente direcionada aos profissionais de saúde da região Oeste do Pará, onde nos últimos três anos foram registrados 17 mortes por hantavirose, sendo 14 em Novo Progresso, uma em Oriximiná e duas em Itaituba, todas na zona rural.



A Sespa pede atenção, pois os sintomas (febre, dor de cabeça, dores no corpo, tosse seca, mal estar geral e dificuldade respiratória) podem ser confundidos com os de outras doenças como dengue, leptospirose, hepatite, malária e outras doenças íctero-hemorrágicas. Por isso é preciso um diagnóstico específico laboratorial e imediato realizado por profissional capacitado.
 
Acontece que, apesar da semelhança dos sintomas, o tratamento é totalmente diferente. Nos quadros de hantavirose não se deve hidratar o paciente, como ocorre em casos de dengue. Não há vacina ou medicamento específico para hantavirose. As únicas medidas capazes de evitar o óbito são o diagnóstico precoce e o manejo clínico adequado.

A pessoa com suspeita de hantavirose deve procurar imediatamente uma unidade de saúde, para o primeiro atendimento e coleta de material para sorologia e oferecido atendimento de suporte para controlar os sintomas, como a falta de ar, que é o mais grave. Se houver necessidade, o doente será transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Já aos profissionais de saúde, orienta-se que, ao detectarem a doença, devem investigar o caso “in loco”, abrir ficha de notificação, definir local provável de infecção (LPI), colher material de contatos e suspeitos na região e remeter tudo para o Instituto Evandro Chagas (5 ml de soro ou sangue total congelado, sem anticoagulante).

De acordo com o GT-Zoonoses da Sespa, a situação continua preocupante nesses municípios, e está se agravando em Santarém, Mojuí dos Campos, Belterra e Trairão, devido ao aumento na produção de grãos e pastagens, que atraem roedores silvestres. Nos municípios de Trairão e Rurópolis um inquérito sorológico também apontou a circulação do vírus em humanos. Segundo o veterinário do GT-Zoonoses, Fernando Esteves, alguns fatores favorecem a proliferação da doença, como o desmatamento que vem sendo realizado, principalmente no oeste paraense, modificando o bioma de cada região; a expansão do agronegócio, com aumento das atividades agrícolas e da pecuária, e o pouco conhecimento sobre a história natural da doença no Pará e em todo o Norte-Nordeste. “O homem derruba as árvores e planta grãos. Isso faz com que os ratos silvestres venham atrás de comida nas casas e locais de armazenamento”, explicou o veterinário.

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Casos de hantavirose foram registrados nos últimos seis anos no Pará, com 44 óbitos, a maioria na zona rural de Novo progresso e Altamira.Fonte:Diario do Pará


Publicado por Folha do Progresso fone para contato 93-35281101- Cel. TIM: 93-81171217 e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br