A tragédia de Santa Maria escancarou as precárias
condições do Brasil na prevenção de incêndios em locais de grandes aglomerações.
Na ausência de lei federal, cada Estado segue uma legislação específica e a
grande maioria dos municípios não dispõe de regra alguma.
Em Novo Progresso esta norma não existe, o código
de obras é de 1992 e ninguém segue o que estabelece Código de Obras e
Edificações e se amparam em apadrinhamento político e nem sempre é levado em
conta os critérios para definir se uma casa noturna deve ou não funcionar sem
que o procedimento tenha sido atualizado. Muitos já funcionaram sem o alvará,
não pode. Como uso e ocupação do solo é uma atribuição da prefeitura, sempre que
o proprietário tem um protocolo de vistoria - mesmo sem o alvará -, continua
funcionando.
Novo Progresso não pode se omitir desta realidade
e entrar em ação principalmente nos locais onde é realizado evento com ambiente
fechado.
Já tramitou na casa de leis de autoria do
ex-vereador Adecio Piran (PDT) Projeto de Lei que obriga o município a fazer
Vistoria em prédios.
O texto torna obrigatória a realização de
vistorias a cada três anos nos edifícios comerciais e residenciais, e naqueles
utilizados para reuniões públicas. O objetivo é verificar o estado geral das
construções, identificando eventuais falhas de segurança. A norma não se
aplicará a prédios com área construída de até 100 metros quadrados e às de uso
exclusivamente residencial unifamiliar.
Hoje, vistorias são realizadas apenas para
concessão do "habite-se" ou da licença de uso. Por isso, segundo sustenta,
existem riscos de desabamento de edificações por problemas como instalações
elétricas antigas ou mudanças estruturais não autorizadas na construção.
Pela proposta, o proprietário que descumprir a lei
ficará sujeito à multa de 0,5% do valor do imóvel, além das demais sanções
administrativas, civis e penais. Não foi aprovado...
Outra proposta do ex-vereador previa normas gerais
de segurança para o funcionamento de casas noturnas, circos e teatros, inclusive
os itinerantes. O texto exige, por exemplo, que esses estabelecimentos contratem
seguranças, tenham sistemas de alarme e de combate a incêndio, saídas com acesso
sinalizado, inclusive para portadores de deficiência, e detectores de
metais.
Organizadores de eventos em locais abertos também
deverão obedecer algumas normas de segurança, como contratação de segurança.
Filmagem do local e presença de desfibriladores também devem ser exigidos em
caso de público superior a 1.500 pessoas.
Em todos os casos, quem desobedecer às normas
ficará sujeito a penalidades que vão de advertência à interdição do
estabelecimento, além de multa, entre R$ 5 mil e R$ 50 mil, reajustada conforme
regulamento (Não esta em Vigor).
Na verdade o que ocorre no município de Novo
Progresso é um verdadeiro descaso com o POVO , na maioria só querem saber do
lucro final , no entanto, o mais importante para evitar essas tragédias é a
fiscalização. "É preciso fiscalizar e imputar multas bem expressivas, no sentido
de as pessoas tomarem vergonha, porque estão brincando com a vida".
Outro fator é restringir os locais com problema de
acesso e muitos sufocados, tem que se adequar para poder liberar um alvará de
funcionamento, "ver antes do pior acontecer", - Prevenir é melhor que
remediar.....
Fonte: Redação Jornal Folha do Progresso/Foto:Zero
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